Ejaculação precoce: Causas reais, diagnóstico científico e o protocolo que está mudando vidas

Por Dr. Fernando Tardelli – Urologista e Andrologista | Criador do Protocolo De Volta ao Controle

A ejaculação precoce (EP) é um dos distúrbios sexuais mais comuns e, paradoxalmente, um dos menos discutidos abertamente entre os homens. Ela impacta diretamente a autoconfiança, o bem-estar emocional e a qualidade dos relacionamentos. Mais do que um problema sexual, é uma condição que compromete a identidade masculina e a saúde emocional. Mas há uma verdade que precisa ser dita: ela tem solução. E a ciência está ao lado de quem busca tratamento.

Entendendo a Complexidade das Causas da Ejaculação Precoce

A ejaculação precoce não é causada por um único fator isolado. Pelo contrário, ela é geralmente resultado de uma interação complexa entre fatores psicológicos, neurofisiológicos, hormonais e relacionais.

No campo psicológico, destacam-se principalmente a ansiedade de desempenho e o condicionamento comportamental negativo. Muitos homens, desde as primeiras experiências sexuais, desenvolvem um padrão de resposta rápida à estimulação sexual — muitas vezes associada a pressa, medo de ser pego, ou experiências mal orientadas. Esse padrão se cristaliza no sistema nervoso central e passa a funcionar quase como um “reflexo condicionado”. Além disso, a antecipação do fracasso, o medo de desapontar a parceira e o sentimento de inadequação reforçam um ciclo vicioso de insegurança e perda de controle.

Do ponto de vista neurofisiológico, estudos demonstram uma hipersensibilidade dos receptores serotoninérgicos (5-HT1A), associados à regulação do reflexo ejaculatório. A baixa atividade da serotonina no sistema nervoso central — especialmente em áreas como o núcleo paragigantocelular da medula — é uma das explicações biológicas mais aceitas para a EP. Homens com EP tendem a ter uma regulação mais rápida do reflexo ejaculatório, ou seja, o sistema que “dispara” a ejaculação é mais sensível e menos modulável.

No campo hormonal, alterações como níveis baixos de testosterona ou distúrbios da tireoide também podem influenciar negativamente o tempo de latência ejaculatório. Testosterona baixa pode reduzir a tolerância ao estímulo sexual, enquanto o hipertireoidismo está estatisticamente associado ao encurtamento do tempo ejaculatório.

A esfera relacional também não pode ser ignorada. Relações marcadas por cobrança excessiva, crítica, desajuste de expectativas ou inseguranças mútuas afetam diretamente o estado emocional do homem, reforçando a tensão durante a relação sexual. A ausência de diálogo ou apoio da parceria transforma o quarto em um campo de prova — e não de conexão.

Como a Medicina Diagnostica a Ejaculação Precoce?

O diagnóstico da ejaculação precoce é clínico e deve ser feito com precisão e sensibilidade. A avaliação envolve a duração média da relação sexual (tempo entre penetração e ejaculação), a percepção de controle sobre o momento de ejacular e o nível de sofrimento causado por essa situação.

Segundo a ISSM (Sociedade Internacional de Medicina Sexual), a EP pode ser considerada “primária” quando está presente desde as primeiras experiências sexuais e “secundária” quando surge após um período de funcionamento normal. Um tempo de latência ejaculatória inferior a 1 minuto caracteriza a forma mais grave, mas mesmo quadros entre 1 e 3 minutos podem causar profundo impacto psicológico e conjugal.

O médico também investiga possíveis causas hormonais (com exames de testosterona total e livre, TSH, T4), fatores neurológicos e aspectos emocionais. A presença de disfunções associadas, como disfunção erétil ou ansiedade generalizada, pode modificar a estratégia de tratamento.

O Que Realmente Funciona no Tratamento da Ejaculação Precoce?

O tratamento da EP exige uma abordagem individualizada, combinando ciência, experiência clínica e compreensão do paciente. Os antidepressivos da classe dos ISRS, como a paroxetina, fluoxetina ou sertralina, são frequentemente utilizados em doses ajustadas — não para tratar depressão, mas por sua capacidade de prolongar o tempo até a ejaculação ao aumentar a atividade serotoninérgica.

Anestésicos tópicos podem reduzir a sensibilidade peniana, sendo úteis em quadros com hipersensibilidade periférica, mas precisam ser usados com cautela para não afetar a sensação de prazer ou a parceira.

Técnicas comportamentais como “start-stop” (interrupção da estimulação antes da ejaculação) e “squeeze” (compressão da glande) fazem parte do recondicionamento físico do reflexo ejaculatório. Aliadas à respiração consciente e exercícios de Kegel (fortalecimento do assoalho pélvico), essas técnicas aumentam o controle muscular e neurológico da ejaculação.

Por fim, a psicoterapia sexual é especialmente importante nos casos com forte componente emocional. Terapias cognitivo-comportamentais ajudam a descondicionar o medo do fracasso, ressignificar experiências anteriores e melhorar a comunicação conjugal.

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